sábado, 7 de janeiro de 2012

Ainda sinto os fortes abraços de despedida e temores.
Ainda sinto meu peito fortemente se encontrando com o seu, e os beijos misturados às lágrimas.
Sinto e muito. Desacredito e deixo de compreender tanta coisa.
Como se torna possível ter tudo e trocar por incertezas pelo simples prazer de aventura?
E eu que me aventurava com meus arrepios toda vez que sua pele bruscamente se encostava na minha.
Deixo de compreender o que pode haver de maior em corpos vazios que consiga superar um amor.
Me dá lapsos de raiva e de dúvidas, lapsos fortes e intensos, que me tiram o ar. E eu me seguro, para que meu corpo não voe junto das dúvidas.
Por que tem que ser assim?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fim

Uma atitude.
A gota que faltava.
E uma barreira se quebrou.
Gotas e gotas se espalham pela pele lisa e branca, tendo como obstáculos apenas o contornos dos olhos, e em queda reta, o contorno dos lábios. Fora isso, mais nada.
Nem mesmo o medo de ser feliz, a vergonha de chorar, de soltar sussurinhos de dor e desprazer.
Um choro, ordenado, forte, firme, sem pausas. Pensamentos negativos expulsos em lágrimas. Em muitas lágrimas.
Lágrimas, gotas de água. Mas aquilo era maior, era um choro, choro de amor, de quebra de amor, de quebra de contrato de amor. Era o anúncio do fim.

Fim.