domingo, 13 de junho de 2010

A cada despertar ele voltava a deitar para sonhar.
Se o despertar era da realidade ou de um sonho, não tinha como saber, e nem sequer importância, mas era sonhar seu repertório diário.
Sentava-se em um morro bem alto, onde nada o poderia ver e ele só pudesse ver o nada. Segurando seus joelhos com seus braços, só fazia imaginar, inventar, criar...
Até que despertou.
Olhou para os lados e sentiu-se caído de seu morro. E estava alí embaixo, na altura das pessoas e de seus sonhos.
Fechou os olhos e voltou a sonhar. Pois, a cada despertar ele voltava a sonhar.

sábado, 5 de junho de 2010

Terápico, realmente terápico.

Dias atrás eu estava lendo meus posts, cheios de minhas xurumelas, meus textos.
Uma das conclusões que tive foi que o resumo dos meus problemas era sempre o mesmo. E isso serviu para eu tentar cortar este mal, talvez não pela raíz, mas ao menos eu podei bem rente.

Mas, a maior conclusão que tive foi que, mesmo que teoricamente como destino certo, me surpreendo com a capacidade de um blog que eu nomeei como "blogoterápico", se tornar realmente uma terapia. Uma terapia lenta, talvez, mas não menos eficiente.

Descobri que prefiro escrever do que falar, talvez porque ao soltar palavras e sentimentos, os dois se batem e criam uma pequena gagueira. E perfeccionista como sou, logo caio do alto das minhas lamúrias.

E, definitivamente, este não é um blog pra ser lido, e sim escrito. Não é pra receber comentários, nem informar, nem enumerar leitores assíduos. Definitivamente, não. Não que isso seja algo ruim, adoro quando lêem, mas isso é um "brinde surpresa" dentro deste kinder ovo de sentimentos.

[eu acho que precisa duma bela foda, to escrevendo muitos textos fofinhos e homenageadores (vide o anterior a esse)]