terça-feira, 22 de abril de 2008

É saudade. Eu sei.

Calça Jeans, polo laranja e algo que eu não encontro mais...


Eu estava no msn como sempre, a barra de rolagem rolou (óbvio) e um antigo contato apareceu.
Era o msn de uma empresa... E me lembrou algo que ninguém lembra mais. Uma lembrança guardada a dois... Ou, quase que certeza, apenas por um.
Aquele cabelo grande, jogado, aquele jeito diferente de ser... Aquele riso bobo, e eu pensando "Nossa, que louquinho", uma arbusto que bate, um acidente engraçado, um elogio para o alheio e um pedido de desculpas para mim. Uma árvore, um lago não muito limpo, um "sua boca é linda, queria beijar ela", um comentário ao longe "que disperdício" e dois olhos se abrem. Um rosto, um cabelo na minha mão, mais um beijo. Breve beijo.
Sms, telefonemas, um perfume, um colar de coquinho que até hoje está na minha gaveta.
É, é amor.
Puta que pariu, é amor.
Se não fosse amor, não duraria tanto... Não me causaria espanto, nem tanta saudade.
Mas é a saudade que não volta e nunca, talvez nunca-pra-sempre será suprida.

Só resta hoje um e-mail, o primeiro, do primeiro oi, do primeiro passo. Do passo pra lugar nenhum.

Só pode ser amor.



sábado, 5 de abril de 2008

Seu problema é grande, mesmo?


A gente já se acostumou a ver mendingos, pedintes e crianças na rua.
É tão normal...
Mas hoje algo me chamou a atenção. Não sei o porquê, mas chamou.
Eu estava com uma amiga saindo do curso quando uma senhora nos abordou.
Demorou a falar, e eu logo imaginei que fosse uma informação que ela ia pedir, talvez alguma rua, bairro ou loja. Mas não era informação. Era um pedido de ajuda, que saiu acompanhado de um olhar baixo, envergonhado, quase desistindo. Não era alguém que costumava fazer isso, era alguém que se viu desesperado, sem ter outra alternativa. E foi como se eu pudesse ler sua mente, ver seu problema.
Posso apostar que era uma senhora de família com problemas financeiros, como qualquer uma, que se viu sem ter nada em casa e decidiu pedir. Aquele olhar baixo, indefeso, me bateu. Me bateu mesmo. Não, ela não disse "estou com trinta filhos passando fome", pelo contrário, foi discreta, envergonhada e humilde. Poderia ser a minha mãe, ou qualquer pessoa.

E eu ainda consigo reclamar de coisas tão bobas... =/