domingo, 6 de setembro de 2009

Meus cumprimentos a mim.

Olhando fotos antigas me sinto um ancião recordando suas memórias quase seculares.
Daqui uns dias estarei pulando para os meus 19 anos e, ao contrário de todos os outros 18, olho com mais calma - diga-se menos compulsão - para toda minha vida.
Olho para elas e vejo um cara realmente bonito, com uma boa energia e que hoje, se não fosse eu mesmo, gostaria de conhecer.

E pensar que naquela época eu mal olhava para o espelho por me sentir feio. Lembro também que me sentia gordo, e talvez até estivesse um pouco, mas me meti em tantas dietas duvidosas, em tantos transtornos que eu considerava a solução, em tantos poços profundos que hoje, analisando melhor, quase como se fosse outro ser, me pergunto: como consegui criar um tsunami num copinho de pinga?

Se era para emagrecer, que fosse em uma acadêmia, me alimentando melhor... Mas não, na realidade, o que eu queria mesmo é ferir o meu ser, me diminuir. Com relacionamentos era sempre a mesma coisa: ganharia o meu coração aquele que desbravasse e ganhasse a luta contra a minha alta auto-estima, e a derrubasse no chão com um golpe fatal e a deixasse esvaindo em sangue.
Os Motivos? Não sei, mas concluir isso já é um grande avanço, o fator causador é o próximo passo.
Só sei de uma coisa: engolir dias, querer tudo rápido, é a melhor forma de perder vida. E todas as fases, sejam elas ruims ou boas, apertadas ou sossegadas, têm seu valor... É a construção de um ser humano, a construção do meu ser, do que sou e serei, e eu não quero ser algo feito às pressas...
Afinal, eu sei o que está por mim, ou seria quem está para vir?

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