domingo, 10 de janeiro de 2010

Ah, Geruza.

Sabe o que que é, Geruza?
Eu estou cansado.
Revoltado. Querendo mandar o mundo parar para eu descer.
Esse mundo tá feio, com grandes chances de se auto-destruir daqui a pouco, daqui a pouco mesmo, alí, logo na virada da esquina. E óh, ontem um moço achou estranho eu não comer cadáveres, acredita?
Ah, Geruza, se eu fosse uma velha Nikon, poderia dizer que meu obturador não dispara mais como antes, e meu diafragma não anda tão aberto às luzes. Talvez, até meu filme tenha acabado, queimado, ou não me acostumei aos novos métodos digitais.
Geruza, ainda bem que você só existe na minha imaginação, um resultado da minha carência, pois é melhor ficar aí, dentro de meus pensamentos, do que aqui fora. Pelo menos ainda posso sonhar.

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